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A Igreja Ortodoxa disse hoje que se associa à Igreja Católica na saudação ao papa Francisco, que está em Portugal até sábado, e demonstrou alegria pelos novos santos Francisco e Jacinta Marto.
O arquimandrita Philip Jagnisz, vigário de Portugal e Galiza do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, diz, numa nota publicada na página da diocese Leiria-Fátima, que “muitos peregrinos religiosos e não religiosos chegam a Fátima para fortalecer a sua fé, para encontrar a sua via para Cristo”.
“Rezamos para que a canonização de Francisco e Jacinta enquanto novos santos da igreja fortaleça as nossas almas. Como sempre, esperamos pelas amáveis palavras e bênçãos do papa Francisco. Que Deus conceda ao papa Francisco muitos anos com saúde no trabalho pela Vinha de Cristo. Também rezamos para que estas celebrações continuem a trazer paz e alegria ao povo de Portugal”, diz.
O responsável salienta também que “muitas pessoas de diferentes origens étnicas e diferentes credos preparam-se para a chegada do Santo Padre”, ao mesmo tempo que, no mundo, “predomina mais a violência que a paz”.
“A religião é um fenómeno que tanto pode inspirar confiança, amor, alegria e admiração, como medo, terror, dor e sofrimento. E fá-lo através de narrativas que ou são comoventes ou aterrorizadoras, através de regras que ou são leves ou draconianas, e através de rituais que podem ser agradáveis ou infligir dor ou mesmo a morte”.
O papa, diz também, “um prelado muito pio da Igreja Católica Romana e Sua Santidade o patriarca Ecuménico Bartolomeu I de Constantinopla, tomaram uma posição contra a violência simplesmente por serem exemplos de paz e amor”.
“A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa são consideradas igrejas irmãs e continuam a abraçar-se em amizade procurando a unidade. Nós, os Ortodoxos, acreditamos firmemente que o objetivo e razão de ser do Movimento Ecuménico e do Concílio Mundial das Igrejas é cumprir a oração final do Senhor, que “todos possam ser um” (Jo 17:21).
“Assim como na Igreja primitiva o sangue dos mártires foi a semente para novos Cristãos, que nos nossos dias o sangue de tantos mártires seja a semente da unidade entre os crentes, um sinal e instrumento de um futuro em comunhão e paz. As palavras destes dois grandes líderes que viajam pelo mundo na tentativa de encontrar vias de paz estão em completa harmonia”.
A Igreja Ortodoxa, “com muitas outras pessoas que não são católicas, darão as boas-vindas ao papa de Roma a Fátima”.
Francisco está desde esta tarde no Santuário de Fátima para presidir às cerimónias do Centenário das Aparições e canonizar, na manhã de sábado, os ainda beatos Francisco e Jacinta Marto.